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Coisas que aconteceram...

Há alguns dias, dei um mau jeito na coluna e fiquei quase imóvel por dois dias.  No fim do segundo dia, levantei coloquei uma uma cinta abdominal e fui dar uma palestra. Aos poucos, fui melhorando e agora estou 100%.

Nesses dias em que a única posição confortável era deitada de lado, em posição fetal, pensei muito sobre a vida, a família, o futuro. Meditei, refleti sobre muitas coisas. Duas coisas me vieram à mente enquanto eu esperava o tempo passar: a partida e o preparo para a partida.

Estas preocupações parecem fúteis quando tudo está bem, mas quando chega a hora... Uma das questões práticas que fiz naquele momento foi: -se hoje fosse meu último dia, o que gostaria de deixar? 

Pensei. 
- Gostaria de deixar boas lembranças. 
Isso a gente constrói ao longo da vida e são frutos dos relacionamentos que temos em casa, na família e no trabalho cotidiano.
- Também gostaria de ter minhas coisas organizadas. Finanças, documentos e pouquíssimas coisas materiais.

E se eu precisasse de internação, estaria pronta?
A gente pensa isso quando está sentindo dor. 
Pensei em quanto é importante deixar alguma coisa pronta de antemão: camisola, lingerie, chinelo de quarto, roupão em ótimas condições de uso para um uso eventual, ou um robe. Eu tenho, mas no dia não me lembrei, pensei que não tivesse nada, porque estão guardados separados. Foi por isso que resolvi escrever sobre a importância de deixar estas coisinhas organizadas para uma eventual emergência.

Lembrei que quando me preparei para a maternidade, deixei quase tudo pronto. Como sempre pode existir algum imprevisto, é preciso pensar nas necessidades e possibilidades futuras com um olhar realista.

                                           As mamães sempre se preparam para a maternidade...

Depois que escrevi estas coisas pensei: Isto é neurose? 
Minha resposta é não! 
Isto é apenas praticidade.
Não custa nada ser organizada!