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Blogs, aplicativos e o olhar brasileiro na blogosfera

Hoje em dia, acessar as redes sociais significa compartilhar informações para a comunidade formada por pessoas com as quais mantemos contato.



A tecnologia está tão avançada que é capaz de levar e transmitir  informações para qualquer lugar e a blogosfera está seguindo esta tendência. A tecnologia de informação está cada vez mais presente em nossa vida. Mas vale lembrar que ela deve ser usada para se aproximar dos que estão longe e aproximar mais ainda, os que já estão perto.

Para que tenhamos acesso a essas tecnologias, há muito trabalho envolvido, muito tempo gasto, horas de estudos e também muita dedicação. Se pensarmos na criação de um aplicativo como um exemplo de aplicação prática,  tudo envolve custos. Em uma empresa de software, há salários, aluguel, licenças e taxas a serem pagas. 

No caso de um desenvolvedor individual, onde o custo é menor, há o tempo que o desenvolvedor dispensa à criação e elaboração de sua ideia, o tempo que ele dedica a aprender programação e pesquisar as melhores referências, além de custos práticos como conta de luz e taxas diversas. No mundo em que vivemos, é muito difícil sobreviver sem um emprego fixo, e se quisermos empenhar nosso tempo em algo que achamos interessante, isso tem que dar um retorno financeiro mínimo, para que não sejamos obrigados a largar tudo e partir para outra atividade.

Um desenvolvedor que não consegue pagar suas próprias contas com seus aplicativos, acaba desistindo e fazendo outra coisa. Isto é o que muitos brasileiros já fizeram. Se muitos seguirem este caminho, qual será o resultado? Ficaremos cada vez com menos opções legais nas lojas de aplicativos. 

Cobrar por aplicativos não é algo ilógico ou “desonesto”, muito pelo contrário. É uma maneira sustentável de oferecer um produto ou serviço para os usuários. Porém, geralmente não nos damos conta disso, quando nos comparamos aos consumidores das tecnologias de informação dos países desenvolvidos. Brasileiros são diferentes. Não apoiamos blogs com propagandas, não clicamos em propagandas, principalmente, se for para o outro ganhar algo com isso. Mesmo que se saiba que é para pagar seu trabalho. Damos volta e não clicamos para que o outro não ganhe nem um centavo. 

Nos blogs, queremos encontrar textos bons, com bons conteúdos, que nos alegrem, nos informem, nos coloquem em dia com a notícia, se não, criticamos e procuramos outro que nos agrade. Queremos tudo de graça, levar vantagem, explorar, sem pensar em quem está trabalhando para que tudo aconteça. Este ano vi muitos blogs bons desistirem de suas atividades por conta desse fato. Este é um momento para refletir e compartilhar.

A pesquisa publicada pela Convergência Digital, divulgada no final de 2015, mostrou dados que nos ajudam a entender um pouco do mundo da blogosfera pelo olhar do brasileiro.

  • No Brasil, nenhum aplicativo com mais de 10 milhões de downloads é pago. 
  • 59% dos apps baixados pelos brasileiros em seus tablets ou smartphones contam com menos de 1.000 downloads.
  • Em volume, os games lideram com mais de 40% de participação entre os aplicativos com mais de 10 milhões de downloads, seguidos (muito de longe) pelas ferramentas de produtividade (como e-mail ou edição de texto), que batem os 10,5%. As outras categorias têm poucos "líderes".
  • 21% dos games baixados são puzzles (quebra-cabeças); 19,5%, games casuais (simples e rápidos de se aprender); e 16,5%, arcades (estilo fliperama).
  • Os apps de comunicação (troca de mensagens) são os que geram mais engajamento (medido por reviews pela pesquisa BigData), o que indica um maior nível de utilização e de preocupação do usuário com esse gênero de aplicativo. Em seguida temos jogos e apps de fotografia.
  • Aplicativos gratuitos geram muito mais engajamento entre os usuários do que os aplicativos pagos, respondendo por mais de 98% do total de reviews. Ainda de acordo com o estudo, as pessoas tendem a ser mais "generosas" quando avaliam aplicativos gratuitos, atribuindo notas mais altas a eles.
  • Os aplicativos com maior quantidade de downloads (10 milhões ou mais) são atualizados ao menos uma vez a cada 3 meses. Já os aplicativos de primeira linha são atualizados, em média, a cada 20 dias. 

Fontes: PesquisaFotos